sexta-feira, 27 de março de 2015

A Tentativa do Homem em Ajudar a Deus

QUAL É REALMENTE A INTENÇÃO DAQUELE QUE TENTA AJUDAR A DEUS?

Muitas pessoas pensam que enganam a Deus, fazendo com que Ele entenda de forma diferente aquilo que realmente são no fundo, suas intenções pessoais, materiais e malignas dos seus corações. Quando tentamos ajudar a Deus realmente a intenção não é a de ajudar. Uma vez que estamos conscientes de que Deus não precisa de ajuda nossa para nada.
 Se formos fazer um auto julgamento como Paulo manda que façamos; uma análise profunda da situação, vamos encontrar lá no nosso inconsciente, bem escondido, qual é na realidade o nosso desejo; e concluiremos que o interesse é próprio; para nos evidenciar, para sermos notórios, ou até mesmo para estarmos por cima que, ao nosso ver é o lugar que merecemos.  
Queremos ser celebridades entre o povo e não estamos com a intenção legítima, pura e santa de glorificar a Deus que merece toda a honra, louvor e glória.  Vimos isto em Sara e em Raquel quando idealizaram planos, para que se cumprisse o que Deus havia prometido.
Por outro lado, quando nós nos encontramos tentando ajudar a Deus, estamos demonstrando pressa e falta de fé. Pressa para sermos atendidos o mais rápido possível. Isto revela também uma boa dose de egoísmo porque queremos a primazia, na verdade isto significa dizer que Deus tem que nos dar a preferência. Queremos ter de Deus prioridade nas coisas. Os outros que esperem, mas eu tenho que ser atendido logo. Isto é farisaísmo.
E, revela falta de fé ao pensarmos que pode não acontecer como Deus prometeu, por isto vou testá-lo para ver se é verdade. Temos o exemplo do Rei Saul que não esperou o tempo que Samuel havia proposto vir para oferecer o holocausto, e ali vemos tanto a falta de fé quanto o interesse próprio em vários aspectos. De ser notado, de ser visto como importante, como o mandante, como “o rei da cocada preta”, e o medo de que as coisas não acontecessem e tudo voltaria ao que era antes; então onde eu vou parar? Interesses egoístas 1 Sm. 10:1-8
Por exemplo, o apóstolo Pedro quando quis impedir ao Senhor Jesus Cristo de ir a Cruz, qual era a sua intenção? A de salvar a vida de Jesus ou era uma preocupação com a sua própria vida? Quais eram realmente suas intenções?  Quando Jesus começou a falar de que convinha que ele fosse para Jerusalém, sofrer muitas coisas, ser morto etc., Pedro o chama à parte e O reprova! “Tem compaixão de ti Senhor; isto de modo algum te acontecerá”. E Jesus o chamou de satanás, (adversário, aquele que se coloca contra) e disse a ele que ele, Pedro, não cogitava das coisas de Deus e sim das dos homens. Mt.16:21-23. As coisas de  Deus são diferentes. Por isso Deus diz que os Seus pensamentos não são os nossos e nem os Seus caminhos os nossos caminhos. Is. 55:8. Os pensamentos e os caminhos dos homens, fora de Deus, são perversos.
Pedro estava preocupado consigo mesmo! Se o Rei, o Senhor Jesus morre, eu estou “ferrado”! E o meu lugar no reino? Eu mereço um lugar de posição nesse reino, agora se nem Ele mesmo vai ter, imagine eu? Conjeturando, cogitando sobre as coisas materiais, de homens e não de Deus.  Não tinha intenção nenhuma em que Jesus fosse ajudado, mas era um pensamento interesseiro.
Os mesmos pensamentos tiveram os irmãos Tiago e João e a mãe deles, deixando os outros dez apóstolos bem indignados contra eles. O pedido foi que Jesus, quando estivesse no reino, botasse um a Sua direita e o outro a Sua esquerda. Só isto. Só para serem os principais. A tanto tempo com o Senhor, nada mais justo, pensavam eles e a mãe, mulher de Zebedeu. Mt. 20:20-28. 
Sabem que temos que julgar-nos a nós mesmos até quando estamos ávidos, ansiosos por “almas” para a nossa congregação? Eu sei que muitos me vão “crucificar” pelo que estou escrevendo, porém, é o meu modo e ver, por um pouco de experiência que tenho com alguns líderes religiosos e com outras pessoas e experiências que já vivi. 
É muito sério e perigoso quando estamos sôfregos por termos uma igreja grande e cheia de pessoas a qualquer custo, “para Deus”. Na maioria das vezes, esse desejo não é para Deus coisíssima nenhuma. Não muito raramente o desejo na verdade é de disputa com o pastor amigo; com a igreja vizinha; com os músicos da outra denominação ou do outro irmão que pode ser um parente e a igreja dele está crescendo e ele está ficando “famoso” e benquisto.  Pode bem ser esses interesses de que eu não fique para trás, de que não saiam os poucos que “eu” tenho, para ir para outras igrejas que chamam mais a atenção, sem se importar muito a maneira como se está fazendo a obra.
Então eu estou dizendo que pregar o evangelho não é importante? Não! Mil vezes não! Desde que seja O evangelho de salvação, que é o poder de Deus como diz em Rm. 1:16. O poder que liberta, que salva a todo aquele que crê, sendo ou não da minha igreja, da minha denominação, do meu circulo. 
Como descobrir se o propósito está sendo a salvação das pessoas, a glória de Deus e não nossos próprios interesses? Para discernirmos precisamos julgar a nós mesmos. Este julgamento deve ser profundo e sincero. No Espírito Santo! Temos que buscar o equilíbrio em Deus para não sairmos de um extremo a outro.
O risco de querer mais e mais uma igreja cheia é pregar um evangelho que não seja o que foi pregado por Cristo e pelos apóstolos, principalmente o apóstolo Paulo. Ele diz aos Gálatas que se alguém, mesmo sendo um anjo, pregar outro evangelho que vá além do que ele pregou, que era o de Jesus Cristo, fosse anátema, maldição. Gl. 1:6-9.
Como saber se o evangelho que estamos levando é evangelho de homem ou de Deus? Paulo responde que o evangelho que agrada a homens, esse é de homem. E ele não pregava evangelho que agradava a homens e sim a Deus. Gl. 1:10,11. Evangelho fácil é evangelho de homem. A porta que leva a salvação é estreita e são poucos os que entram por ela. A larga, onde entram muitos, leva a perdição. Mt. 7:13,14. 
Evangelho fácil enche igrejas. As multidões gostam de evangelho fácil, mas Jesus mesmo dispensou multidões porque estavam interessados em evangelho fácil. E, quando os discípulos tentaram culpar a Jesus que o problema era o duro discurso, que as pessoas não podiam ouvir, Jesus perguntou se eles também queriam ir com a multidão, já que era duro e ninguém podia ouvir! Jo. 6:60-68.
Preguemos, ensinemos, mas ensinemos a Palavra de Deus como ela é, e o Evangelho como ele é. Testemunhemos com a nossa vida de fé, vivamos uma vida que condiz com o que pregamos, ensinemos e marchemos com os fiéis rumo a pátria celestial, sempre falando a verdade e sem querer facilitar; não fazendo de acordo com o que as multidões querem e sim como a Bíblia ensina.


Grande abraço.

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