segunda-feira, 28 de abril de 2008

Ele tem 44 Olhos


Nós o conhecemos na cidade de Coxim-MS. Ele ainda era uma criança e cuidava de outras crianças, seus irmãos menores. Sua mãe morava e trabalhava em uma fazenda próxima a cidade. Carlos Augusto estudava e atendia a casa.
Ele conheceu o casal de missionários, Isaias e Rosangela Almeida, que o acolheu dando orientação na vida espiritual. Ao aceitar a Cristo, como seu Senhor e Salvador, recebeu mais algumas orientações para vida secular. Não tem dúvida, aquele menino aprendeu bem as lições.
Cresceu, tornou-se jovem, estudou e serviu o quartel em sua cidade. Começou a Universidade, mas dois, apenas dois, dos seus olhos viram uma moça ruiva, muito linda! O Carlos Augusto estava certo, agora como homem, queria algo mais. Foi atrás daquela que lhe havia arrebatado o coração. Mudou-se para a cidade de cidade de Itajaí-SC, juntamente com a mãe e o casal de irmãos da sua noiva. Chegando ali enfrentou de tudo. Todo trabalho que aparecia, ele fazia. Como ele mesmo diz, foi até “auxiliar do auxiliar de pedreiro”. Tanta determinação só poderia levá-lo a atingir seus objetivos. Orientado pelo tio da noiva, fez o concurso para a Polícia Militar de Itajaí. O tio não só orientou, mas o “intimou” a fazer o concurso. Aprovado, foi para a escola militar. Depois de formado, casou-se.
Em Itajaí, congrega-se na igreja Batista, onde juntamente com sua esposa, Jaqueline e outros irmãos, desenvolvem trabalho evangelístico com crianças. Conta Carlos Augusto que sentiu que deveria atuar nessa área, porque foi assim que ele mesmo foi alcançado. Hoje ele sempre dá graças a Deus por ter conhecido o Evangelho e sua esposa. Os dois se amam de verdade.
Minha esposa e eu fomos visitá-los em Itajaí. Tivemos um lindo tempo de comunhão. Valeu a pena ter investido naquela criança. É maravilhoso ver o que Deus faz na vida daquele que se entrega a Ele de todo coração.
“O Senhor abençoa aquele que o busca de verdade”, “Ensina a criança no caminho que deve andar e ainda quando for velho não se desviará dele”; o “menino” Carlos Augusto, filho da dona Noêmia, de Coxim, é uma prova viva disso.
Hoje, como soldado da Polícia Militar, ele trabalha no núcleo central da corporação vigiando a cidade. Esta vigilância é feita através de 44 câmeras distribuídas pelas ruas centrais de Itajaí, que transmitem as imagens aos computadores da central. Por isso o nosso título: “Ele tem 44 olhos”, em alusão à tarefa que realiza. Com seus 44 olhos, a cada esquina, ele acompanha os passos dos cidadãos da cidade. Aquele que estiver fazendo algo errado ou suspeito, ele vê e avisa a patrulha da rua que toma as devidas providências.
Algo interressante aconteceu quando estava trabalhando com seus “44 olhos”. Descobre a própria esposa comendo um chocolate e olhando vitrine. Logicamente fotografou e colocou em seu computador a prova... Que vigilância eficiente!

ISA2

domingo, 27 de abril de 2008

AS TRÊS REALIDADES DA EXISTÊNCIA

Izaias Resplandes

Pode-se dizer que a realidade é divida em três ordens ou níveis de existência, sendo uma divina, outra maligna e uma outra terrena. As duas primeiras são espirituais; a última é material. Na primeira etapa da existência, desde o seu nascimento até sua morte, o homem vive na Terra. Na continuidade, ou vai para o céu, ou vai para o inferno, pelo que, as duas ordens extremas podem também ser consideradas como possíveis moradas do homem na eternidade. Nesse sentido, é de suma importância que cada um tenha pelo menos um conhecimento primário a respeito de cada um desses níveis de existência, para que possa conduzir sua vida de forma adequada rumo ao seu destino final.
A ordem divina, à qual pertence Deus, o Senhor dos Exércitos, o Rei dos Reis, o Criador dos Céus e da Terra está acima de tudo e de todos. Seu centro de Poder está nos céus. Jesus veio de lá quando se encarnou e para lá voltou depois de ter vivido entre nós durante um período aproximado de 33 anos. Também foi de lá que Ele disse aos seus discípulos que um dia voltaria para buscá-los, a fim de que estivessem para sempre ao seu lado. É para lá que o crente almeja ir, pois ali é a Pátria dos filhos adotivos de Deus, dentre os quais ele se encontra. É para lá que este crente volta os seus olhos, pois é lá que está Jesus, o Autor e Consumador de sua fé, o intercessor e advogado de sua alma. Cf. Sl 139:9; Pv 15:24; 30:4; Mt 5:34; 23:22; Lc 3:23; Jo 3:13; 12:28; At 2:2; 7:56; Fp 3:20; Hb 12:2; Jo 1:11, 14, 18; 14:1 e segs.; 1 Jo 2:1;
Já a ordem inferior é dominada pelas trevas, pela morte, pelo maligno, pelo inferno e por Satanás. Nessa ordem estão as hostes espirituais da maldade e da iniqüidade, dentre as quais, também os crentes já estiveram alistados e juntamente com as quais serviram ao príncipe da potestade do ar, o qual ainda hoje está atuando nos filhos da desobediência. É essa a ordem que vem governando o mundo, desde que o Diabo, sendo expulso do céu, foi lançado fora de lá, descendo para a Terra.
É de destacar que as atividades do maligno variam conforme o momento, sendo às vezes bastante agressivas e às vezes muito sutis. A sua fúria contra os homens se deve ao fato dele saber que pouco tempo lhe resta. Já a sua astúcia, visa obter aliados. Às vezes ele se passa por anjo de luz e os seus ministros por justiceiros, para poder enganar os escolhidos. É de observar que muitos crentes têm se deixado levar por suas artimanhas. Cf. Sl 23:4; Sl 139:9; Pv 5:5; 15:24; Is 5:14; 14:9, 15; Mt 4:8-9; 8:12; 22:13; 24:24; 25:30; Lc 16:23; Jo 1:5; 3:19; 8:12; 44; 2 Co 6:14; Ef 2:1-3; 6:12; 2 Pe 2:4; 1 Jo 1:5; 2:9; Ap 6:8; 12:9, 12; 20:10; 21:8.
E, por último, a ordem terrena é aquela na qual o homem vive e da qual deveria ser senhor, por vontade de Deus, o Soberano do Universo. É a dimensão conhecida como mundo. Embora muitos crentes ajam no sentido de conquistar cada vez mais espaço e mais poder nesta dimensão, ela está completamente perdida para o povo de Deus, haja vista que jaz sob o maligno. Espiritualmente falando, a Terra não é do Senhor Jesus. Ele disse que o seu reino não é deste mundo e que seus discípulos também não são daqui. Eram deste mundo, mas foram resgatados e agora são concidadãos da família dos santos, cidadãos dos céus. Por último, é de destacar que este mundo terreno está reservado para o fogo do dia do juízo, assim como um dia esteve reservada para as águas do dilúvio. E, portanto, cada um deve se salvar dele enquanto pode.
É de esclarecer que existe salvação para todo aquele que deseja ser salvo, a qual se dá através do reconhecimento e da aceitação de que o sacrifício realizado por Jesus foi pessoal, ou seja, foi realizado exclusivamente em seu favor, em função do grande amor de Deus. Esse reconhecimento implica a tomada de uma atitude também pessoal para que o interessado possa ser salvo. Cf. Gn 1:27-28; Sl 24:1; 33:8; Mt 5:14; 13:8; Ef 2:19; 2 Pe. 3:5-7; 1 Jo 5:9; 14:30; 16:11; 17:16; 18:36.
Ante o exposto, cremos ter ficado evidenciada a importância de se adquirir um conhecimento primário sobre a realidade material em que se vive – a Terra – e sobre as diferentes realidades espirituais, caracterizadas como Céu e Inferno, ante a possibilidade concreta de que um dia cada um haverá de habitar em uma delas na condição de ser espiritual.
É de se esperar que tal conhecimento possa propiciar a tomada de uma decisão salvadora, por parte de cada conhecedor, mediante o reconhecimento e a aceitação de Jesus como único Salvador. Cf. Jo 1:11-12; 3:16; 5:24; Rm 10:9-10.
Que Deus abençoe a todos os que tenham feito a boa decisão e conceda novas oportunidades aos demais, antes que chegue o fim dos dias.

sábado, 12 de abril de 2008

Mudança de Poxoréu

O irmão Valmi Resplande de Sousa mudou de novo. Agora está residindo em Primavera do Leste, MT. A mudança aconteceu agora no começo de abril e se dá em virtude de emprego. Sua esposa, a irmã Imirene passou em concurso público naquela cidade e então ele decidiu mudar. Ganha a igreja de lá, perde a igreja de cá (de Poxoréu - MT). Se já éramos poucos, agora somos ainda mais poucos. Mas não desanimaremos. Não foi Jesus quem disse: "Onde estiver dois ou três, reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles"? Então! Nós acreditamos nisso piamente. Sabemos que ele está conosco e por isso, prossegue o trabalho em Poxoréu.
Aliás, vale dizer, temos mais um jovem "decidido", mais um dos colegas de aulas de Ricardo Resplandes. Ele já havia trazido o Adilson e agora trouxe o Zenilton. E eles estão animados na Igreja. Que Deus possa firmá-los.

Os estágios da vida cristã

Introdução. Nascer, desenvolver e morrer. Esses são, basicamente, os três estágios principais de qualquer atividade humana. Começo, meio e fim. A vida cristã não é diferente.
Passamos pelos estágios da ignorância, do conhecimento e da atitude. É muito importante que cada crente tenha um bom domínio sobre cada uma dessas fases, para que se situe corretamente e não perca tempo com atividades inadequadas ao seu momento atual de crente renascido, lavado e purificado pelo sangue de Jesus.
O objetivo dessa exposição é oferecer subsídios para que cada crente possa consolidar os seus conhecimentos em relação aos três estágios básicos da vida cristã.
1. O estágio da ignorância. Não é absoluto. É sabido que, ao nascer já trazemos conosco uma enorme carga de conhecimentos. Isso já está incorporado na nossa formação genética. Todavia, ninguém nasce sabendo tudo. Ao longo de nossa vida, passamos por um processo de desenvolvimento de nossas potencialidades enquanto seres humanos. Por exemplo: Em Gn 2:17, vemos Deus orientando o homem sobre a vida e a morte. Embora nunca tivesse presenciado esta, é certo que o homem compreendia o que Deus falava. Já em Rm 1:19, o apóstolo Paulo esclarece que aquilo “que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou”.

2. O estágio do conhecimento. Além do conhecimento intrínseco ou nato, temos também o extrínseco, ou aprendido. É de destacar que, ao virmos ao mundo, estamos aptos para perceber, de forma natural, tudo aquilo que naturalmente está revelado na própria criação. A Bíblia diz que “os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos” (Sl 19:1) e que “os céus proclamam a justiça dele, pois Deus mesmo é Juiz” (Sl 50:6). É nosso dever buscar esse conhecimento. Cf. Mt 22:29; Jo 5:39; 2 Tm 3:16-17)

É de destacar que a aquisição do conhecimento é um processo longo e que requer muita dedicação, disciplina e persistência.
a) É preciso dedicação. É preciso ter interesse. O crente não fica parado. Ele prossegue na busca do conhecimento e da plena liberdade (Jo 8:32). Ele sabe que se não agir assim, poderá voltar outra vez ao estágio de escravidão, o que ele não deseja (Gl 5:1).
b) É preciso persistência. É preciso esforço. Jesus disse em Mt 11:12 que “o reino dos céus é tomado por esforço”. Há muito crente que continua sendo enganado pelo maligno, achando que uma vez tendo aceitado a Jesus, está tudo pronto e acabado e nada mais precisa ser feito. Não é assim, querido. Temos que crescer na graça e no conhecimento de Nosso Senhor Jesus Cristo (2 Pe 3:18). Temos que conhecer suas palavras para poder praticá-las (Jo 13:17).
c) É preciso disciplina. A preguiça, o comodismo e o desleixo são características de um crente enganado e que não conhece a verdade e que, portanto, ainda não está completamente liberto (Cf. Pr 19:15, Ec 10:18, Jr 48:10).
Ao ler a Bíblia, o crente depara com muitas críticas relacionadas com a falta de crescimento, denotando que esta é uma questão séria e que não pode ser tratada de qualquer maneira. O homem foi criado para crescer e se multiplicar. Não se deve entender a ação de multiplicar apenas no sentido de se reproduzir iguais, mas também no sentido de se graduar, de se elevar, de sair de nível inferior, para um nível superior. É cediço que quem sabe mais pode mais. Conhecer é poder. Veja-se, por exemplo, a situação vexatória que Paulo registra em 1 Tm 1:6-7. Logo depois ele orienta Timóteo para que aja de forma completamente diferente (2 Tm 2:15). Veja-se ainda as situações trazidas em 1 Co 3:2; Hb 5:12-13; 1 Pe 2:2).

3. O estágio da atitude. É muito importante compreender, mas, mais do que isso, é importante tomar uma atitude de crente em face do conhecimento. Há muitos crentes que buscam o conhecimento apenas para se destacar perante os demais, como sendo alguém que sabe mais. Isso é humano, carnal, demoníaco. O verdadeiro sábio é uma pessoa humilde. Não é enfatuado (1 Tm 6:3-5; Tg 3:13-18).
Veja-se o exemplo do filósofo grego Sócrates. Diziam que ele era o mais sábio do mundo. Então procurou um oráculo para confirmar isso. O oráculo perguntou o que ele sabia. Ele, por sua vez disse: “Tudo o que sei é que nada sei”. Então o oráculo lhe respondeu. “Sócrates, na verdade, é o homem mais sábio do mundo, porque é o único que não sabe e sabe que não sabe”.
Devemos estudar a Bíblia com a intenção de colocar em prática aquilo que aprendemos. Devemos ter o espírito de Esdras nesse sentido. Ele buscou aprender para, primeiramente praticar e depois para ensinar aos demais (Ed 7:10).
É de observar que Jesus criticou os homens de seu tempo, porque eles sabiam, mas não praticam o conhecimento. Temos muitos crentes assim em nossos dias. Tais pessoas não têm permissão bíblica para ensinar, para expor seus argumentos e nem qualquer autoridade para julgar ninguém (Mt 23:2-5; Jo 8:3-11).

Conclusão. A Palavra de Deus não é simplesmente teoria. Os preceitos bíblicos, são palavras de verdade. Jesus nos deu o exemplo, sendo aprovado diante dos homens. Os apóstolos seguiram seu modelo. O mesmo é requerido de cada um de nós (Jo 13:15; At 20:35; At 26:25; Fp 3:17; 2 Ts 3:9)
Assim, meus queridos, não sejam meros ouvintes. Procurem estudar as Escrituras e crescer no conhecimento a respeito delas. Mas acima de tudo, não queiram saber mais do que aquilo que já conseguem por em prática, porque Deus não nos dá mais do que nós temos condições de carregar. Se ainda não temos a possibilidade de carregar um determinado conhecimento, praticando-o, devemos entender que ainda não estamos prontos para ele. Nesse sentido, é de bom alvitre seguirmos a orientação de Dt 29:29. “As coisas encobertas pertencem ao SENHOR nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que cumpramos todas as palavras desta lei”.


Que Deus nos abençoe para que possamos prosseguir.

domingo, 6 de abril de 2008

A família do crente


Introdução. A vida humana tem início com o nascimento biológico. A forma mais comum é que esse fato resulte do relacionamento sexual entre um homem e uma mulher. Em que pese a ciência moderna haver desenvolvido outros meios de fecundação, a presente reflexão toma como referência o modo tradicional, adotando o entendimento de que este é o que teria sido instituído por Deus, tomando como base, principalmente, os textos bíblicos de Gn 1:27-28, 4:1-2 e 5:1. Temos por objetivo o desenvolvimento de uma análise sumária referente à gênese da família do crente a partir de uma classificação biológico-espiritual, enfatizando a origem humano-divina do filho de Deus, a qual vislumbramos como sendo a conditio sine qua non para o acesso ao reino celestial.
Família do Presbítero Antônio Júlio Pinto - Cuiabá - MT

1. A classificação biológico-espiritual do homem. Mesmo entendendo que as classificações sejam sempre relativas, consideramos que, às vezes, elas podem nos ajudar na compreensão de certas relações que se pretende esclarecer. Nesse sentido, ousamos classificar o homem no que tange à sua origem biológico-espiritual, com a finalidade de evidenciar a importância que essa origem tem na formação da família de Deus.
É de ver que o homem, apesar de ter dependido de apenas um pai para vir ao mundo, ao longo de sua vida pode não somente perder esse pai primitivo, como também pode adquirir outras filiações, permitindo-nos, desse modo, classificá-lo quanto à quantidade de pais que possa ter. Nesse sentido, distribuímos o homem em três grandes grupos: a) aqueles que não possuem nenhum pai (sic); b) aqueles que possuem apenas um; e, c) aqueles que possuem dois ou mais.

a) Os filhos sem pai. Na verdade, biologicamente, não se pode dizer que alguém não tenha um pai. Mas o sentido que atribuímos à palavra pai está relacionado não apenas com o ato de contribuir para a vinda de alguém ao mundo, mas principalmente pelos atos de amar, zelar, sustentar, educar e encaminhar para a vida, tanto terrena, quanto espiritual. Nesse grupo estão enquadrados os filhos abandonados. Aqueles que foram postos no mundo por alguém, mas que não receberam deste os cuidados necessários, para que pudessem chamá-los de pai.

b) Os filhos de um único pai. Aqui estão aqueles que, ou nasceram no seio de uma família ou foram adotados por alguma. Foram pessoas que, pelo menos em algum momento da vida, puderam receber o carinho de alguém, com o qual passou, tanto os bons, como os maus momentos da vida. Estes tiveram um pai de direito e de fato.

c) Os filhos de dois ou mais pais. Esse é um grupo especial. Aqui estão os filhos de Deus, aqueles que tiveram duplo nascimento, ou seja, o carnal e o espiritual. São popularmente conhecidos como “crentes em Jesus”, pelo fato de haverem se tornado seus discípulos, logo após tê-lo recebido como Senhor e Salvador de suas vidas.

Família de Edimário - Nova Olímpia - MT


2. A origem humano-divina do filho de Deus. Os crentes são pessoas muito especiais: nasceram duas vezes. À exceção do primeiro Adão, todas as demais pessoas naturais, tiveram pais biológicos. Mas o crente é uma pessoa diferente. Depois de haver nascido biologicamente, ele passou por um processo que a bíblia chama de novo nascimento, através do qual ele obteve o privilégio de ser feito filho de Deus (Jo 3:1-7).
Nesse sentido, surgem muitas perguntas: Como assim? Não somos todos filhos de Deus? Não é ele o pai de todos nós?
Infelizmente as respostas bíblicas são negativas. Embora Deus seja o dono de todos, por conta de ser o Criador de todas as coisas, haja vista que tudo foi feito por intermédio dele e, sem ele, nada do que foi feito se fez (Ez 18:4; Ml 2:10; Jo 1:1-2), nem todos somos seus filhos.
É de destacar que o homem foi criado com o livre arbítrio, com a faculdade de escolher a quem iria servir e obedecer (Js 24:15). Ao dotá-lo de tal atributo, o Criador lhe educou para fazer a boa escolha, como sempre fez ao longo da história humana (Gn 2:16-17; Lc 10:42). Infelizmente, o homem não teve o domínio próprio sobre sua vontade (Gl 5:23). Tempos depois de sua criação, transgrediu a ordem divina (Gn 3:6). Imediatamente vieram as conseqüências, dentre as quais, a morte física e espiritual (Gn 3:7-24; Gn 5:5; Rm 5:12).
Vivendo o estado de decaído, o homem se afastou cada vez mais de Deus, passando a servir a si mesmo, segundo os seus próprios raciocínios e pensamentos (Is 65:2; Rm 2:15; 2 Co 10:15; Ef 2:3), mas, principalmente, fazendo a vontade do maligno, recebendo por conta disso, a designação de filho da ira e até mesmo do diabo (Jo 8:44; 1 Jo 3:10).
Para resolver o problema da rebeldia humana, Deus preparou um plano de salvação, o qual consistia no envio de seu único filho ao mundo, de tal sorte que todos aqueles que o recebessem como Senhor e Salvador pudessem ser considerados como seus filhos adotivos. Seriam pessoas renascidas pela vontade divina (Jo 1:11-12; 3:16; Rm 10:9-10).
O plano foi executado por Jesus. De sorte que, se alguém está em Cristo é nova criatura. As coisas velhas já passaram. Eis que tudo se fez novo (2 Co 5:17).

3. A conditio sine qua non para o acesso ao reino celestial. O reino dos céus também é um lugar especial. Não somente o Todo Poderoso está ali assentado, como também é lá que Jesus foi preparar um espaço para que os filhos de Deus, aqueles que renasceram da Palavra Divina e, por conta disso, se tornaram cidadãos do reino dos céus, possam também habitar na eternidade(Jo 14:1-3).
A respeito disso, é de destacar que o desejo de Deus é que todos os homens venham adquirir o seu direito de estar ali. Ele não quer que se perca nenhum daqueles que criou (Ez 18:32; 2 Pe 3:9). Acreditamos também que nenhuma pessoa de bom senso queira ficar fora do céu.
Diante disso, faz-se necessário que todos compreendam bem a importância do novo nascimento, do recebimento de Jesus como Senhor e Salvador, porque, segundo as palavras do próprio Filho Unigênito, não há outro meio de se chegar ao Pai (Jo 14:6; At 4:12). No céu somente haverá espaço para os seres humanos que fizerem parte da família de Jesus.

Conclusão. Por todo o exposto, não resta dúvida que uma boa compreensão a respeito da gênese humano-divina do homem é de suma importância para aqueles que desejam fazer parte dessa família que um dia haverá de habitar para sempre no reino dos céus. O nosso desejo é que você queira se juntar aos milhares de milhares que já tomaram essa decisão e que hoje são, efetivamente, cidadãos do reino dos céus e concidadãos da família dos santos. Se você ainda não fez essa escolha, hoje é o dia de salvação (Jo 17:14-16; Fp 3:20; Ef 2:19).

Que Deus complete o nosso entendimento.

Fernando & Mariana

"Jovens, eu vos escrevo, porque tendes vencido o Maligno” (1 Jo 2:13b).

Queridos irmãos. Há pouco mais de ano, as Igrejas de Poxoréu e Barão de Melgaço, obedecendo aos comandos da Palavra de Deus, afastaram da comunhão os jovens Fernando Resplandes e Mariana Nascimento. Naquela época eles eram namorados e queriam se casar. Louvável atitude! Queremos que nossos jovens crentes namorem e se casem. E, de preferência, que façam isso dentro da Igreja Neotestamentária. Era isso que o romance deles prenunciava. Infelizmente, eles não tiveram a paciência de esperar que fossem feitos os preparativos para o enlace e decidiram se unir antes do casamento. Lamentável atitude! Por isso, foram disciplinados.

Mas, graças a Deus que nos dá a vitória, por meio de Cristo Jesus. Tempos depois, Fernando me dizia que eles queriam regularizar sua situação para voltarem à comunhão. Incentivamos e os apoiamos nessa decisão. Por várias vezes estive em Goiânia para orientá-los. Finalmente, no mês de dezembro passado, pudemos testemunhar casamento civil deles, realizado naquela Capital. Nosso coração se encheu de alegria, não porque eles se casavam, mas porque o faziam para se consertarem com a Igreja e com Deus.

Então me expressaram o desejo de voltar à comunhão. Orientamos que escrevessem às Igrejas de Barão e Poxoréu pedindo a reconciliação, até que lá pudessem retornar para fazer isso pessoalmente. Eles não escreveram. Preferiram vir ao Mato Grosso.

E assim, no mês passado Mariana esteve em Barão de Melgaço, onde pediu perdão aos irmãos e solicitou a sua reconciliação. E ontem foi a vez de Fernando. Ele veio a Poxoréu especialmente para isso. À noite, após o estudo, ele se levantou, historiou o ocorrido com eles, e, publicamente, pediu perdão aos irmãos, bem como oficializou o pedido que já fizera por meu intermédio, em Goiânia, para que fosse novamente recebido na comunhão. A igreja julgou e decidiu recebê-lo outra vez, a exemplo do que já acontecera com Mariana, em Barão de Melgaço.

Essa é uma vitória que precisa ser compartilhada. Certa vez Fernando me disse que o problema de um jovem não era cair, era não conseguir levantar novamente para continuar a carreira. Concordei plenamente e insisti com ele para que se levantasse. Deus não o queria como caído, mas como guerreiro, combatendo o bom combate. É de destacar que, quando queremos, Deus nos levanta. Não importa a condição em que nos encontramos.

E assim, louvamos a Deus pelo levantamento de Fernando e Mariana e pela volta deles à Igreja de Jesus. Que Ele enriqueça o lar, as vidas e casamento desses jovens, para que sejam felizes e possam ter e criar filhos na disciplina e na educação de nosso Deus.


“Jovens, eu vos escrevi, porque sois fortes, e a palavra de Deus permanece em vós, e tendes vencido o Maligno” (1 Jo 2:14c).

Izaias Resplandes de Sousa (Igreja de Poxoréu)

terça-feira, 1 de abril de 2008

Trabalho com Crianças no Bairro Santa Luzia


O trabalho com crianças no Bairro Santa Luzia, começou no dia 26 de março de 2006, na varanda da casa dos irmãos Maria e Marciano Espíndola,.
O enfoque do trabalho consiste em evangelizar, ou seja, levar as Boas Novas da Salvação em Jesus Cristo a todas as crianças do bairro, almejando também alcançar os pais e familiares dessas crianças, obedecendo a “Grande Comissão” do Senhor Jesus que disse: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho , e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado.” Mt28:19,20ª.
Por que evangelizar crianças? “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele que Nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna.” Jo 3:16; mundo: homens, mulheres, jovens, adultos, idosos, incluindo CRIANÇAS.
O desejo de Deus é que TODAS as crianças se salvem: “Assim, também, não é da vontade de vosso Pai, que está nos céus, que um destes pequeninos se perca.” Mt 18:14.
Louvamos a Deus pelos 2 anos que realizamos esse trabalho tão importante para o nosso Mestre!
Hoje temos 22 crianças assíduas na Classe da Escola Dominical. Sabemos que temos muitas ainda a alcançar, e contamos com a ajuda de nosso Bondoso Deus para nos fortalecer e capacitar com Seu Santo Espírito nessa tarefa.
À frente do trabalho está o Presbítero Antonio, com sua esposa Gláucia, com o apoio de alguns irmãos.
Nas fotos, está o registro de quando começou, e a comemoração dos 2 anos de trabalho, com os aniversariantes do mês, incluindo o do Presbítero Antonio.