domingo, 24 de junho de 2007

O terceiro Noticiário Evangélico


dia 25 de junho o 3º Noticiário Evangelico estará nos correios sendo encaminhado para assinantes e igrejas da Neotestamentária.

Lugar para passar as férias - FAZENDA PARATUDO - CORUMBÁ-MS




David de Almeida, proprietário da fazenda Paratudo, na região do Pantanal - Corumbá-MS, ele diácono da Igreja Neotestamentária. A sua fazenda é um lindo lugar, esta sempre a disposição dos missinários para darem aquele passeio a cavalo no campo e aproveitar para ver a lida do gado. Foto de ISA2




No dia 25 de junho de 2007, o irmão William Kenneth Decker e sua esposa Ruth estão indo para os Estados Unidos morar com duas filhas.
Eles entraram para a Missão Neotestamentária em 1954. Passaram um ano na Argentina e depois moraram na Bolívia, em Roboré, durante 10 anos. Em 1.965, mudaram-se para Araçatuba, São Paulo, para substituir o casal de missionários Carlos e Margery Harrys, os quais não tiravam férias há 19 anos, ou seja, não regressavam ao seu país.Preocupado com a educação dos filhos e querendo mantê-los perto de si, resolveu ficar em Araçatuba. Como filho de missionários, Kenny sabia o que era ser criado longe dos pais, pois ele mesmo passou 4 anos separado destes, sem vê-los, em razão da 2ª Guerra Mundial. Muitos missionários enviavam seus filhos para colégios internos, próprios para filhos de missionários. Os filhos lhes são muito gratos por isso.Marta, uma das filhas, reconhece que a educação que receberam aqui, naquela época, era superior à dos USA.
Kenny e Ruth tiveram 8 filhos, sendo 6 mulheres e dois homens, os quais lhes deram 23 netos e 3 bisnetos.
Marta disse ainda que muitos perguntam se seguem os ensinos dos seus pais.Ela responde: "Acham que poderíamos rejeitar esses ensinos? Pelo contrário, espero um dia chegar ao mesmo grau de maturidade de ensino que eles nos passaram. O maior legado que nossos pais nos deixaram foi a oração. Tudo eles colocavam em oração para que pudesse ser resolvido.Ensinaram-nos uma vida de completa dependência do Senhor.
Dois filhos deles trabalham com missões. Gordon trabalha com estudantes que vão estudar nos Estados Unidos, para que quando esses estudantes voltem para seus países levem o Evangelho. A filha Jury trabalha em Santa Cruz, Bolívia, com a missão Novas Tribos. Ela e seu esposo treinam missionários para trabalharem na Bolívia.
Jeany disse ainda: "Como filhos de missionários tínhamos que fazer tudo certinho, porque todos estavam nos olhando. Tudo o que aprendi da bíblia foi com meus pais, via o exemplo deles, e vi que Deus era real para eles".
Um fato curioso ocorrido com os Decker foi uma viagem que fizeram dos Estados Unidos para Brasil em uma Kombi. Gastaram 70 dias,enfrentando estradas péssimas, montanhas, deslizamentos, chuvas, carro estragado, etc. Foi uma aventura e uma loucura!
Um dos netos, Daniel, filho da Jeany, deseja ser missionário como seus avós.

Igreja do Andirá Mirim - Amazonia

Grupo dos Irmãos que assistem na Igreja do Andirá Mirim - Amazonia

Foto tiradas por ISA2/2006, na região do Andirá Mirim - afluente do Rio Amazonas.




O casal Josias Pereira Ribeiro e sua esposa Maria Clara em frente ao local de reunião, na região do Andirá Mirim.


Oliver Chandler

Nosso querido irmão Oliver Chandler, viúvo de Elizabeth, nos deixou no dia 14 de maio, para ocupar sua morada com o Senhor.
Oliver, que era argentino (e Elizabeth, canadense), foi, em seus dias, grandemente usado pelo Senhor em seu próprio país, mas ainda mais em seu país adotivo – o Paraguai. Seus últimos anos foram passados no Canadá, aos cuidados de seus filhos Richard e Martha. Martha é esposa, mãe e avó, mas Richard permaneceu solteiro, dedicando-se nesses últimos anos ao cuidado esmerado do seu pai.
Na foto, vemos os três, quando, no mês de Dezembro do ano passado, celebraram seu último aniversário – noventa e dois!- Jaime van Heiningen.

Richard comunicou-se com o irmão Jaime em inglês, mas suas palavras seguem abaixo, traduzidas para o português por Esther Yamamoto Rees. -

Amados em Cristo,
Peço perdão por minha dificuldade em expressar-me em espanhol, não tendo falado ou escrito neste idioma durante os últimos 45 anos.
Notadamente, nas últimas semanas, papai vinha se debilitando. Quando chegou a um ponto crítico, me dei conta de que daqui em diante seria impossível ajudar-lhe adequadamente, nem com uma assistência social maior do que a que ele já estava recebendo. Era hora de deixá-lo aos cuidados de mãos mais competentes.
Isso significou admiti-lo ao hospital local, como parte de um processo de transferi-lo para uma casa de idosos com cuidados especializados. Parecia estar melhorando, mas quando fui vê-lo, cedo na manhã do dia 9 de maio, era evidente que tinha havido uma mudança para pior. Ele estava incapacitado de falar e comer, nem reagia a minha presença. A partir daí, os médicos só administraram cuidados paliativos, mantendo-o confortável.
Sua saúde deteriorou-se rapidamente. Hoje à tarde (dia 14), Martha e eu deixamo-lo por pouco tempo para ir a casa e comer alguma coisa, mas o telefone tocou e uma enfermeira nos avisou que papai já tinha ido.
Quando mamãe se foi, estivemos com ela no momento em que o Senhor a levou consigo. Para papai, o Senhor havia feito outro “acerto”. Ninguém deveria causar nenhuma distração para papai no momento mais glorioso de sua vida.
A hora e o processo da morte não são assuntos prazerosos, mas papai não tinha medo da morte, nem do que estava além dela. Lembro-me de uma conversa que tivemos faz um ano – quando lhe perguntei sobre esse momento final, próximo à morte, que todos temos que enfrentar.
Nesse tempo ele já tinha uma verdadeira dificuldade em manter uma conversa, porque não conseguir entender o sentido das minhas palavras. Apesar disso, nessa ocasião, sua mente tornou-se lúcida e clara. Quando lhe perguntei, “Papai, não tens medo da morte?”, ele olhou-me com um sorriso radiante. Poucas vezes, Martha e eu sequer vimos esse olhar em seu rosto. Eu sabia que indicava regozijo puro.
Respondeu: “Oh, não, filho. É algo que tenho anelado por muito tempo já. Perguntei-lhe, “Mas papai, por que ter o desejo de morrer?”Olhou-me como se fosse a um lugar distante e disse: “Oh, filho, ali é onde começa a verdadeira existência.” E começou a contar-me algumas das coisas dessa vida, mas lá é que desfrutarão todos os que estão em Cristo por fé.
Logo, olhando-me de novo, disse: “Minha vida aqui tem sido muito abençoada. Tenho muito pelo qual estar agradecido.” Era pela graça de Deus que papai podia compreender as coisas desta maneira. Isso fez com que eu quisesse ainda mais estar a sua disposição nos dias de luta física e mental que ainda lhe faltavam.
Agradeço aos irmãos por comunicar essas notícias aos irmãos do Paraguai e aos de outros lugares – eles significavam tanto para ele. O coração de papai estava sempre “na Obra” e orava nesse sentido, até quando sua mente fraca já não lhe permitia orar por outros motivos.
Sustentado por SEU BRAÇO PODEROSO,
Richard.

sábado, 23 de junho de 2007

Esperando a morte

Izaias Resplandes[i]


De todos os seres vivos, o único que tem plena consciência de que vai morrer é o homem. Pode-se dizer até que “vivemos” esperando a morte chegar. Ela pode demorar ou não, mas, inexoravelmente, virá para todos, seja de forma direta (quando simplesmente deixamos de viver), ou indireta (quando formos transformados de carnais para espirituais). “Aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo” (Hb 9:27). “Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados” (1 Co 15:51-52).
Sabendo que vamos morrer, não é ilógico que deixemos de desfrutar com toda a intensidade daquilo que temos à nossa disposição enquanto estamos vivos? Deus fez um mundo maravilhoso, “muito bom” em sua própria avaliação. Ele também abençoou o homem dando-lhe inteligência para saber a melhor maneira de usufruir do mundo criado. Então, por que não fazermos uso dessa prerrogativa? Por que ficar simplesmente esperando a morte chegar, quando há tantas coisas boas para serem feitas, gozadas e desfrutadas? Cf. Ex 35:30-35; 1 Rs 4:29; Pv 2:6; 23:4;Dn 1:17; Lc 2:47; Ec 3:9-13.
Há quem pense que, pelo fato de sermos crentes, nós não podemos usufruir das coisas maravilhosas que Deus fez, bem como daquelas que ele tornou possíveis de existir. Com essa atitude a morte adquire mais importância do que a vida. O crente não pode beber, não pode comer, não pode festejar, não pode vestir roupa bonita, não pode se embelezar, não pode contar piadas, não pode praticar esportes, não pode tirar férias, não pode descansar, não pode passear, não pode isso, não pode aquilo... O crente deve viver em função da cultura do “não pode”. Isso, lamentavelmente o faz infeliz e, pior, um hipócrita que se diz feliz! A verdade é que isso denota apenas falta de conhecimento e nada mais. Deus deseja a nossa felicidade e que tenhamos prazer, alegria e satisfação em nossas vidas. Cf. Dt 24:5; Jó 9:25; Ec 11:9; Gn 18:12; Ec 2:26; 12:1.
Nada é proibido. O que é preciso é saber administrar a nossa vida. Deus depositou o mundo todo em nossas mãos, confiando que saberíamos usar a sabedoria que Ele nos deu para sermos felizes. Infelizmente, muitos de nós nos temos tornado escravos de nossa própria falta de entendimento. Todas as coisas são boas para aquele que sabe tirar o bom proveito delas. É o mau uso que faz com que elas se tornem ruins e prejudiciais ao homem. Então a questão principal que gira em torno do tema é o entendimento. A cultura do “não pode” é para aquele que ainda é como menino e que “não sabe” das coisas. Para o entendido há liberdade, porque saberá discernir e julgar entre o que presta e o que não presta e aproveitar o melhor. Então viverá, ao invés de, simplesmente, ficar esperando a morte chegar. Cf. Gn 1:28-30; Pv 15:24; Mt 12:35; Rm 8:28; 11:33-36; 1 Co 2:15; 6:12; 10:23; 2 Co 4:15; Cl 2:20-23.
Alguém disse certa vez que devemos viver o hoje como se fôssemos morrer amanhã e trabalharmos hoje como se fôssemos viver eternamente. É evidente que estamos nos referindo à vida terrena. O dinheiro que nós ganhamos é para ser gasto em benefício nosso e dos demais que conosco convivem, mas com certeza não é para ser entesourado. Nós não levaremos nada dessa vida além daquilo que usufruirmos e que compartilharmos com os demais. Quantos não são aqueles que se apegam em demasia aos bens materiais, sendo “mão de vaca”, “unha de fome”, avarentos e impiedosos, vivendo uma vida de miserável, quando poderia ter o mundo aos seus pés! Que adianta ter tudo e não ter alegria e não ter paz e não ter amigos e não ter Deus em seu coração e em sua vida? A verdade é que somente o estulto fica esperando a morte chegar sem tirar o devido proveito da vida maravilhosa que Deus nos deu. “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?” Devemos ser crentes fiéis a Deus, mas acima de tudo, devemos ser verdadeiros. Se ainda não encontramos um meio de vivermos felizes, alegres e contentes, então ainda não conhecemos o Senhor da felicidade e da alegria. Mc 8:36. Cf. Lc 9:25; 1 Co 7:21; Jo 6:63. Hb 13:17.
É de destacar quão grande é a importância de se descobrir a utilidade proveitosa de cada uma das coisas que existem no mundo, a fim de usá-las em benefício da vida, ao invés de ficarmos fugindo de tudo com receio de sermos alcançados pela morte. Que o Senhor da Inteligência nos ilumine e nos abra os olhos para que possamos ver e viver com segurança durante todos os dias de nossa existência. 2 Rs 6:17.
[i] Izaias Resplandes de Sousa é membro da Igreja Neotestamentária de Poxoréu, MT.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Calçada da Fama



Homenagem aos missionários Ruth e Willian Kenny Decker feita por uma escola de inglês de Araçatuba - SP. Uma espécie de calçada da fama.

domingo, 17 de junho de 2007

Aprendendo e fazendo o certo


Izaias Resplandes[i]

Nossos sonhos. Desde que nascemos, idealizamos fazer muitas coisas. E, ao longo de nossa vida nos esforçamos ao máximo para transformar todas essas idéias e projetos em realidade. Em algumas coisas somos bem sucedidos. Em outras, não. Nesse sentido, talvez eu pudesse dizer que isso não importa, porque é assim que acontece na vida de todo mundo e o que interessa é que não ficamos omissos e não deixamos de fazer. Ou seja, certo ou errado, nós fizemos algo na tentativa de acertar e de fazer o melhor. Eu creio que essa seria uma boa palavra, principalmente se contraposta à idéia de não fazer nada. No entanto, creio também que a Palavra de Deus pode nos dar uma orientação ainda melhor a respeito de como devemos fazer as coisas e de como poderemos ser bem sucedidos em nossos projetos. Sim, queridos, Deus deseja que nós sejamos perfeitos e nos dá orientações precisas sobre como poderemos atingir a perfeição. Cf. Fp 3:12-14.

Disse certa vez que “sem planejamento, qualquer caminho é caminho para lugar nenhum. Com o planejamento se sabe para onde se vai, como se está indo e como se fará para chegar lá”. Toda atividade bem sucedida deve ser precedida de discussão, avaliação e planejamento. Seja qual for: um emprego, uma missão, um empreendimento. Nenhuma pessoa que anda às cegas possui condições de ser bem sucedida. Cf. Lc 14:28-32.

Um professor me disse certa vez que se eu pretendesse abandonar alguma coisa em minha vida, mas não tivesse outra melhor para colocar no lugar, então seria preferível que eu continuasse com o que tinha, pois corria o risco de acabar colocando algo pior em seu lugar. É isso que normalmente acontece com quem não tem o devido cuidado em cada coisa que faz ou pretende fazer. Como se diz por aí, o mundo está cheio de boas intenções, mas nem tudo o que se pode fazer é um bom projeto para qualquer pessoa. Na rua, na escola, na igreja e em tantos outros lugares nós aprendemos coisas que nos parecem muito interessantes e que às vezes nos arrastam para verdadeiras aventuras mal sucedidas, simplesmente porque não fizemos uma análise de custo e benefício. Cf. Mt 12:43-45; 1 Co 3:10.

Querer nem sempre é poder. Existe a hora certa para fazermos cada coisa. A precipitação é péssima conselheira. Devemos cuidar de estarmos preparados para a tarefa que vamos desempenhar. Nenhuma atividade bem sucedida será feita de qualquer maneira, ou seja, sem o devido preparo prévio. Se não temos domínio de nossas ações e se em tudo dependemos dos outros, então somos alvos fáceis do fracasso e da derrota. A maioria dos erros cometidos é conseqüência de falta de preparo, falta de conhecimento e de domínio das leis de causa e efeito. Em Direito, uma pessoa é considerada culpada quando faz algo com negligência, imperícia ou imprudência. E essa é uma idéia aplicável em qualquer situação. Somente nós mesmos poderemos ser culpados dos nossos erros e fracassos, principalmente se fizemos as coisas de qualquer maneira. Cf. Mt 22:29; Jr 48:10; 2 Tm 2:15.

Diz o ditado: “o que é do homem o bicho não come”. Essa é uma verdade relativa, porque muitas vezes nem o bicho e nem o homem come, porque sequer chegamos a descobrir o que realmente era nosso. Devemos encontrar qual é a nossa praia. Ninguém veio ao mundo para ser qualquer coisa. Não há duvída de que temos uma missão. Todavia, devemos saber qual é a nossa verdadeira vocação, pois é nela que devemos envidar todos os nossos esforços. Perguntada sobre o seu projeto de vida, certa pessoa disse que seu desejo era ser um advogado. E quando se lhe perguntaram sobre o que ele estava fazendo para tornar o seu projeto de vida uma realidade, não teve palavras para responder. Muitos andam de um lado para outro, fracassando por querer imitar a atividade bem sucedida de outros, deixando de lado aquilo para o qual é realmente vocacionado. Cf. 1 Co 1:26; 7:20; 2 Pe 1:10.

Essas são algumas das razões que fundamentam os nossos sucessos ou fracassos. Por isso acredito que a melhor palavra então não seria aquela que nos orienta para fazer alguma coisa, no sentido de não ficar parado. Essa seria uma boa palavra. Mas a melhor orientação seria aquela que nos encaminha para o desenvolvimento de nossa própria vocação. Esse deve ser sempre o nosso alvo: a) descobrir para que viemos a este mundo; b) preparar-nos em conhecimento e meios para exercer a nossa missão; c) e, por fim, investir em nossa vida, de corpo e alma, para alcançar nossos objetivos. Então seremos como árvores plantadas junto a ribeiro de águas, que no devido tempo dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha. Então seremos bem sucedidos em tudo o que fizermos. Cf. Sl 1:3

[i] Izaias Resplandes de Sousa é membro da Igreja Neotestamentária de Poxoréu, MT.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Pelo caminho infinito

Cornélio Gomes Porto Machado, missionário das Igrejas Evangélicas Neotestamentárias, faleceu em um acidente cortando grama do quintal de sua casa, no dia 4 de abril aos 89 anos.
Nasceu em 7 de março de 1918, em Três Cruzes, município de Artigas, no Uruguai.
Aos 22 anos era um pecador perdido, bêbado, sem descanso, que andava pelas ruas "cantando tristezas".
Não podia descansar, terríveis pesadelos tiravam-lhe o sono.
Em um destes momentos de tristeza e dor, encontrou a salvação e caiu de joelhos diante do Salvador Jesus Cristo.
Foi tão grande sua conversão, e tão tremenda a mudança que seu testemunho foi sua bandeira.
Aos 26 anos é chamado para a obra missionária, e com viva segurança começa seus estudos na Escola Bíblica em Temperley (Argentina).
É consagrado como missionário aos 30 anos de idade. Um ano depois se casa com Esther Alt que há pouco tempo também havia sido consagrada missionária.
Tiveram 8 filhos, Sonia Reny que faleceu ao nascer; Ricardo, Elder, Hector, Ana Ruth e os gêmeos Eduardo e Carlos.
Realizou o velório de seu filho Ricardo, e um ano depois o de outro filho, Hector, que foi assaltado e assassinado em seu serviço. Este último foi um mês antes da sua partida.
Em 1950, começa seu trabalho na cidade de Riveira, por lugares difíceis e numa época em que a polícia não podia entrar no bairro "A Alegria", que era o centro da evangelização. Com um megafone, outras vezes com auto-falante e, ainda que não os tivesse, igualmente pregava nas esquinas anunciando as boas novas de salvação.
Foi cuspido, agredido e muitas vezes teve a roupa suja por tomates, ovos podres que entretanto não o fizeram desistir da sua missão. Sua perseverança levou a salvação a muitas pessoas.
Assim, pôde ver que a semente nem sempre cai em terra estéril, mas que chega também a solos férteis, a corações que se abrem para receber a mensagem divina.
Os que o conheciam sabiam muito bem que às 2 da madrugada se levantava para se dedicar a oração e leitura da Bíblia.
Quando Ricardo se encontrava em estado grave no CTI, impediram que Dom Cornélio entrasse na sala com a Bíblia e um frasco de azeite para ungi-lo. Então, para escapar da revista, tirou a folha da Bíblia na qual está a carta de Tiago, providenciou um minúsculo frasco com azeite e adentrou no CTI. Ali estava o filho com o respirador automático, e o pai lendo a folha da Santa Palavra e obedecendo ao mandado do Senhor. Tiago 5: 13-18 "Está alguém entre vós aflito? Ore. Está alguém contente? Cante louvores. 14 Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em nome do Senhor; 15 E a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. 16 Confessai as vossas culpas uns aos outros, e orai uns pelos outros, para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos. 17 Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra. 18 E orou outra vez, e o céu deu chuva, e a terra produziu o seu fruto."
Ele usou a mesma prática em outra oportunidade quando sua esposa Esther ficou em estado grave, com derrame cerebral, também "bolou" o mesmo plano e a ungiu. Ela se recuperou e hoje conta como Deus pôs sua mão sobre ela.
Em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, o irmão Júlio Viveros (pai do pastor Júlio Alt Viveros), estava com câncer avançado e segundo os médicos já não havia esperança. Contudo, ali estava Cornélio ungindo-o e deixando a vida do doente nas mãos de Deus. O Sr. Júlio viveu mais 20 anos.
Sem dúvida tinha o dom de cura, e o pôs em prática. São muitos os testemunhos de pessoas que foram curadas de enfermidades, muitas sem esperanças.
Ele também ficou gravemente enfermo. Esteve muito mal, e ainda que sob efeito de fortes medicamentos, cambaleando, em uma manhã de uma forma incrível pregou a todos os estavam internados na sala com ele.
Foi um homem de muita oração.
Uma manhã, muito cedo saiu rumo ao norte, porque havia sentido do Senhor seguir esse caminho. Caminhou todo o dia, ao entardecer deparou com um homem à beira do caminho e lhe disse: "Sabia que você é um pecador perdido?" O homem se ajoelhou e pediu perdão a Deus.
Teve muitas lutas espirituais. Na esquina de sua casa pregava como era costume com um megafone, mas na metade da quadra havia uma centro espírita, e aproveitou para mostrar a palavra de condenação aos que praticam tais coisas. À noite enviaram os demônios a sua casa, porém estes foram expulsos por meio da oração.
Fazendo a obra pessoal visitou, sem saber, uma bruxa. Esta mulher, consagrada à bruxaria, lhe enviou demônios e pensou: "Este homem só volta se for de Deus". Cornélio conta que enquanto caminhava quase podia apalpar a presença diabólica. Dedicou um tempo à oração e voltou à casa da bruxa. Nesse dia ela se converteu.
A evangelização foi seu forte, e não importava a hora nem o lugar se era para falar de Jesus Cristo. Juntos fazíamos um programa de rádio, e com seus 89 anos pregava com uma clareza incrível. Não se importando que muitas vezes voltávamos da emissora à meia noite.
Muitos e mui eloqüentes foram os testemunhos de pessoas que conheceram o evangelho por meio deste fiel servo do Senhor.
Diante deste testemunho, as palavras se calam, a gratidão se exalta, a fé reanima os horizontes perdidos. É o que Deus nos mostra na vida e na morte de Cornélio a grandeza de Sua obra e o caminho infinito que conduz a Ele.
Carlos H. Gómez Alt – filho do missionário Cornélio Gómez

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Igreja de Campo Grande - MS


A Igreja de Campo Grande reunida a frente do Local na Av. Noroeste, 429 vila Planalto.

Viagem a Araçatuba - SP


Willian K. Decker


O casal de missionários Isaias da Silva Almeida e Rosangela Lins Almeida, devem passar o final de semana em Araçatuba para visitar os irmãos e ministrar estudos.

O casal KD esta indo para o Estados Unidos no dia 25 de junho para morar ali.

sábado, 9 de junho de 2007

Salmo 138:8A

"O SENHOR aperfeiçoará o que me toca (...)"
Salmo 138:8A

Música cristã contemporânea - músicos

Muitas vezes o problema com a música não é necessariamente a música, mas sim os músicos. Muito deles não tem experimentado uma verdadeira conversão e tudo o que ela implica. Verdadeira conversão implica transformação de vida - não mais eu, mas Cristo em mim.
Romanos 6:13 – "Nem tão pouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniqüidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça."
Quem são?
Na Bíblia, a música era um ministério exercido por um grupo especial de homens, os levitas. Homens que passavam por um ritual de purificação (Números 8:5,6,14), grupo separado por Deus para o serviço no templo. Hoje, ela também deve seguir uma ordem na igreja e ter homens e mulheres que honrem o Nome do Senhor.
1. Não deve ser só um uso do dom natural
A música na igreja deve ser vista como um dom natural, dado por Deus, para uso no serviço da igreja. Os irmãos nesse ministério também devem estar purificados. "Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional." Rom 12:1.
2. Deve haver verdadeiro temor ao Senhor
Quando não há o temor do Senhor no serviço, o Senhor exerce sua justiça na vida daquele que o desagradar. Vimos isso na vida de Uzá, que, ao estender a mão e tocar na arca, foi fulminado pela ira do Senhor (I Crônicas 13:11); e também nas vidas de Abiú e Nadabe, filhos de Arão, que, ao realizar a obra do Senhor displicentemente, também foram mortos.
3. O ministério deve ser levado a sério
Em 2 Crônicas 8:14,15, havia ordem no ministério e era um compromisso assumido diante de Deus. Portanto, deve ser exercido por irmãos que tenham compromisso sério com Deus, que não estão lá só quando vão tocar no culto, mas em todas as reuniões da igreja, quando estarão aprendendo mais acerca de Deus, a Quem desejam servir e louvar, demonstrando levar a sério a vida com Deus, crescendo espiritualmente e no ministério.
4. Deve haver preparo.
Em 1 Crônicas 9:33, diz-se que os cantores estavam isentos de outros serviços porque "de dia e de noite estava a seu cargo ocuparem-se naquela obra." Quantas vezes temos deixado o resto do nosso tempo para ensaiar, dando só o que sobrar para o Senhor. Não nos preparamos em oração, não dedicamos o nosso serviço ao Senhor. Ml 1:8,9 fala daquele que sacrifica o resto para o Senhor. E nós? O que temos ofertado?
5. É essencial para quem quer participar desse ministério:
a) Ter compromisso diário com Deus, por meio da Bíblia e da oração (Sl. 25:14 – "O segredo do Senhor é para os que o temem; ele lhes fará saber a sua aliança.")
b) Ter um bom testemunho de vida em casa, escola, trabalho (Lv. 20:7 – "Portanto, santificai-vos, e sede santos, porque eu sou o Senhor vosso Deus.")
c) Ser constante e fiel na igreja (Sl. 122 – "Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do Senhor.")
d) Ser submisso ao Espírito Santo e não ao seu gosto pessoal (1 Ts. 5:16-23)
e) O exterior, seu modo de vestir e de se comportar, deve refletir "a beleza interior, no incorruptível traje de um espírito manso e tranqüilo, que é precioso diante de Deus" (1 Pd. 3:4). Tudo deve ser feito com decência e ordem (1 Co. 14:40). Nossa maneira de ser e nossa roupa não devem desviar a atenção e a glória ao nosso Rei Jesus.
PARA LEMBRAR:
Deus é o centro, o destaque, a razão do louvor – Isaías 42:8, ele não reparte a sua glória com ninguém. Quantos há por aí, louvando a si mesmos, seu próprio dom, seu gosto musical e até seu carisma. Fazem shows por aí, em que fartos cachês são cobrados, são tratados como ÍDOLOS!! Isso mesmo. Neles, ouvem-se até o público exaltar os mesmos com gritos do tipo: "ô ...... cadê você? Eu vim aqui só pra te ver????" E os músicos e suas bandas aceitando esses louvores. Esquecendo que "o louvor, e a glória, e a sabedoria, e a honra, e o poder, e a força sejam ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém". Ap. 7:12.
Tudo isso desvia a glória devida a nosso Deus, que é digno de todo louvor, Deus Santo, Eterno, Soberano, Criador de todas as coisas, Fiel, Misericordioso, Salvador, Onipotente, Bondoso, Amoroso, Perdoador, e Temível.
Nada nem ninguém podem tirar a glória que Lhe é devida. Nem nossas vozes, nem nosso dom, nem nossas roupas devem.
O papel dos músicos na igreja deve ser o de levar a congregação à adoração (culto, reverência, veneração). Na Bíblia, levavam os adoradores a prostrar-se com o rosto em terra (Gn.17:3), em profundo respeito e humildade.
Por fim, Paulo nos adverte na carta aos Fp. 2:15,16: "para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo; retendo a palavra da vida, para que no dia de Cristo possa gloriar-me de não ter corrido nem trabalhado em vão."

Ester T. Y. Rees
Baseado em partes de estudos publicados no site: www.solascriptura-tt.org

Volta à Escola

No terceiro dia em que eu estava pregando na Igreja de Sorriso-MT, ao término da reunião, fui cumprimentar o irmão Lourival Medeiros, de 67 anos. Feliz por vê-lo e poder abraçá-lo, perguntei por que não estivera presente nos dois dias anteriores. Ele disse: "Estou estudando". Parabenizei-o e disse: "Qual é a faculdade?", ele riu gostoso e respondeu que estava aprendendo a ler para poder ler a Bíblia.
Fiquei muito contente com esta declaração e novamente desejei que tivesse sucesso no aprendizado.
É estimulante ver pessoas que nessa idade ainda querem aprender a ler.
Nesta última viagem pelo Mato Grosso vimos vários irmãos voltando aos bancos escolares, outros fazendo a segunda faculdade. No Brasil, os evangélicos estão se empenhando em estudar.
Em outra igreja, falando aos casais, disse que os homens deveriam escrever as características positivas da esposa. Um deles perguntou: "E quem não sabe ler?".
Como sair desta, missionário? "Você vai ter que falar publicamente," respondi. Nesse dia aquele irmão pediu para a esposa que o matriculasse na escola pois queria aprender a ler. Aleluia! Sigam em frente irmãos. Não desaninem. Sejam vitoriosos. 2 Co. 2:14 "E graças a Deus, que sempre nos faz triunfar em Cristo, e por meio de nós manifesta em todo o lugar a fragrância do seu conhecimento."